sábado, 28 de janeiro de 2012

Origem das Forças especiais e história do Brasil, Reino Unido, Holanda, EUA e França


A direita, O criador do Serviço Aéreo Especial, o escocês David Stirling.Tal unidade influenciou o mundo com a sua filosofia de operar unidades de forças especiais(que se diferenciam dos comandos)..A esquerda, Antonio Dias Cardoso,o patrono do 1º Batalhão de Forças Especiais do Brasil  que combateu contra a Holanda na Batalha de Guararapes(1640).

A origem das forças especiais pode ser dividida em duas épocas diferentes mas não menos importantes e em níveis mundial e regional.

A nível mundial a história das forças especiais modernas nasce no Reino Unido com a criação do Serviço Aéreo Especial durante a II guerra mundial para enfrentar a ditadura fascista italiana, o império japonês e o exército alemão em missões de inteligência atrás das linhas inimigas e ataques de longa duração

O nascimento moderno das forças de ações de comandos(que se diferenciam das forças especiais pelo modus operandi nasce com a criação dos comandos britânicos para missões rápidas,curtas e agressivas pelo criador dos comandos, o Coronel Dudley Clarke

Devemos sempre lembrar que unidades de forças especiais e comandos operam de modos bem diferentes e não são iguais.

A-Comandos britânicos na II Guerra, o nascimento dos comandos modernos  e os comandos do Brasil.


O criador dos comandos, o Coronel Dudley Clarke
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O termo nasceu a partir da designação de Kommando que os colonos bôeres da África do Sul davam às suas tropas de operações especiais na guerra contra os britânicos, no princípio do século XX. A palavra Kommando por sua vez teria tido origem no termo português "Comando", utilizado na Índia no sentido de um grupo de tropas sob um comando autônomo que desempanhava missões especiais durante uma batalha ou cerco. Na África do Sul tropas similares actuavam em pequenos destacamentos, que se deslocavam normalmente a cavalo, e lançavam ataques rápidos contra as tropas britânicas.

Durante a 2ª Guerra Mundial foi criada essa importante unidade pelo  Coronel Dudley Clarke e tanto os britânicos como os alemães decidiram utilizar este termo para designar as novas tropas de operações especiais que tinham formado (as britânicas designadas Commandos e as alemãs Kommandos). Posteriormente o termo foi utilizado por outros países para designar algumas das suas forças de elite para ataques rápidos,furtivos e missões de curto período.

Assim,tal designação chamada comando foi dada a uma tropa de elite pertencente à uma das forças armadas, que é altamente adestrada e qualificada a operar sob circunstâncias e ambientes impróprios ou contra-indicados ao emprego de outros elementos das forças regulares, sendo apta a cumprir uma ampla variedade de missões e tarefas, táticas ou estratégicas de curto prazo e em geral de objetivo agressivo. Dentre as missões executadas por uma tropa de comandos, estão as operações de contra-guerrilha, emboscadas, além das ações diretas que necessitem de alto poder de choque de curta duração.

Uma das inovações dos Comandos britânicos usadas até hoje foi a utlização de munição real durante o treinamento,não com o intuito de torturar soldados ou embuste visto serem realizadas com ângulo de tiro o mais seguros possíveis,,mas para faze-los perceber a diferença do tiro real e do tiro não real e para serem habituados com isso.Torturas sem necessidade não formavam um bom soldado pois eram embuste sem necessidade.Um comando deveria ser formado com treinamento real mas fornecendo segurança,um excelente treinamento de base com muita repetição,aliados a uma doutrina de profissionalismo e seleção inteligentes.

No Brasil, o"primeiro comando conhecido e patrono"é o capitão Francisco Padilha, militar que lutou por meio de ações de guerrilha contra os invasores holandeses no ínício do século XVII. O coronel Johan van Dorth, nomeado governador da Bahia pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (West Indische Compagnie/WIC) em 1624, foi morto nas proximidades de Salvador por Francisco Padilha a frente de uma das diversas companhias de emboscadas compostas em sua maioria de índios flecheiros. Essas companhias também eram chamadas de Milícias dos Descalços e tinham como objetivo principal impedir a expansão inimiga pela colônia.

Embora a doutrina dos comandos brasileira seja mais antiga(assim como as forças especiais),o "renascimento" de tais soldados no Brasil e no mundo reapareceu no século XX durante a II guerra com a formação de tais unidades de elite das forças armadas do Reino Unido.

B-A raíz das forças especias no mundo: Serviço Aéreo Especial (SAS)



O SAS foi uma unidade criada em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, na África do Norte, pelo tenente escocês chamado David Stirling. A unidade recebeu o nome de SAS - Serviço Aéreo Especial, para os alemães acharem que havia comandos pára-quedistas servindo ao Exército britânico no Cairo.

David Stirling era uma figura alta e atlética, estava se preparando para escalar o Monte Everest quando estourou a Segunda Guerra Mundial. Alistou-se nos Guardas escoceses em 1939 e em 1940 entrou como voluntário no oitavo Comandos britânicos, sob as ordens do tenente-coronel Robert Laycock, que formava parte da Força Z (mais tarde mudaria o nome para Layforce). Depois da decepção desta empreitada bélica, Stirling percebeu que, devido à mecanização da guerra, um grupo reduzido de soldados bem treinados poderiam infligir ao inimigo maior dano que um batalhão inteiro. Com essa idéia ele acabaria criando a primeira unidade de força especiais modernas que mudou muito até hoje visto ter como forte base a constante atualização dos seus soldados que devem estudar sobre armamentos,idiomas,tecnologia,etc.

Logo depois de sofrer um acidente de pára-quedas, ficou temporariamente recuperando-se, foi ai que aproveitou para visitar no Cairo o comandante-em-chefe general Claude Auchinleck. Com o apoio do também general Neil Ritchie, Stirling insistiu com Auchinleck, e o persuadiu. Logo conseguiu o que queria, recebeu sua unidade com comando independente, com o evasivo nome de "L Detachment, Special Air Service Brigade", a idéia era dar a falsa impressão de que existia uma brigada de commandos pára-quedistas operando no norte da África.
O General Auchinleck desde o começo não tinha fé nas idéias de Stirling, por várias vezes mandou pessoas para observar o que ele e os soldados faziam. De fato muitas coisas esquisitas aconteceram, em um estranho episódio Stirling obrigou, por falta de equipamento, os soldados a pular com equipamento completo de um jipe em movimento para treinar pára-quedismo. Essas informações só faziam convencer o General Auchinleck de que Stirling estava perdendo o tempo.Outros militares das forças convencionais acham não só uma perda de tempo mas um exército de malucos com treinamento não convencional e criativo demais.

Stirling foi preso pelo exército alemão em janeiro de 1943, no sul de Tunísia. Tentou escapar quatro vezes antes que o enviassem ao castelo Colditz, onde permaneceu o resto da guerra até a rendição alemã. Em 1945 fundou unha associação de ex-combatentes das SAS, da qual foi o primeiro presidente. Em 1990 foi condecorado cavaleiro pela Rainha e morreu no mesmo ano.

Na campanha africana teve grande rendimento, e lutou também na Itália e na Europa. O SAS destruiu mais de 400 aviões da Luftwaffe; acreditam que teve um melhor rendimento que a RAF (Real Força Aérea Britânica) destruía em terra e no ar. Após a Segunda Guerra Mundial foi desativada e foi reativada na década de 1950, com o nome de 22o Special Air Service. Ficou decidido que os Royal Marines e o Special Boats Service iriam fazer incursões de curto alcance e o SAS incursões de longo alcance e longa duração dentro de uma estratégia contra a União Soviética. Desde então tem lutado pela Grã-Bretanha nos mais diferentes lugares como na Malásia, Omã, Bornéo, Vietname - vestindo uniformes norte-americanos -, Aden, Irlanda do Norte, Malvinas, Libéria, Golfo Pérsico, Bósnia, Kosovo, Serra Leoa e Afeganistão, onde reafirmaram a sua boa reputação.

A influêcia do SAS é notória em quase todas as forças especiais do planeta pela seleção, metodologia,didática e profissionalisemo dos seus soldados. Praticamente todas forças especiais do mundo copiara ou tiveram como modelo o SAS.

 C-Forças Especiais Baseadas na SAS

O Regimento participou e deu origem a muitas outras Forças Especiais espalhadas pelo mundo, entre elas:
  • Austrália, SASR - Special Air Service Regiment. De origem de um esquadrão da SAS recrutado na Austrália para auxiliar no combate na Malásia.
  • Bélgica, Belgian Special Forces Group. Que teve a origem ainda na Segunda Guerra Mundial, quando o 5th SAS Regiment recrutou voluntários para cruzar a Linha Siegfried.
  • Israel, Sayeret Matkal. Moldada no SAS e carrega o mesmo lema: "Quem ousa vence".
  • Estados Unidos, O 1st Special Forces Operational Detachment-Delta (1st SFOD-D), ou Força Delta baseada na SAS e profundamente influenciado pelos seus conceitos. Seu fundador, Charlie Beckwith, havia servido nos anos 60 na SAS, e voltou para as Forças Especiais do Exército Americano criando lá uma unidade que seguia o SAS.
  • Alemanha, GSG 9 - Unidade anti-terrorista da policia de fronteira alemã
  • Brasil, O 1º Batalhão de Forças Especiais é bastante influenciado pelo SAS.
  • SASNZ- Forças especiais da Nova Zelândia.
  • FSK (Forsvarets Spesialkommando),forças especiais da Noruega que participam ativamente de missões ao redor do mundo apoiando os EUA e OTAN possuim muito de influência do SAS,embora sobre o FSK existam muitas controvérsias sobre o seu treinamento quase kamikaze
D-A história  regional das forças especiais(Origem no Brasil)



A nível nacional  a Batalha de Guararapes,em torno de 1640 demonstrou o que uma unidade bem treinada pode fazer mesmo sendo menor em número.O bravo Antonio Dias Cardoso,apelidado o mestre das emboscadas, foi um valente soldado capaz de demonstrar que o mais astuto,inteligente e corajoso pode vencer alguém mais forte.Claro,junto a ele tal mérito também coube as forças brasileiras da época, comandadas por outros exemplares guerreiros brasileiros .
Em 1640 o Brasil conheceria,segundo fontes históricas a mais antiga unidade de forças especiais em território nacional.
A história dos Operadores de Forças Especiais do Exército Brasileiro remonta do século XVII, na Campanha de Guararapes, origem do próprio Exército Brasileiro. Em 1640, durante a 2ª Invasão Holandesa, o Patrono e maior exemplo dos Forças Especiais, o Sargento-Mor Antônio Dias Cardoso foi enviado pelo Governador Geral da Colônia à Capitania de Pernambuco com a missão de organizar e instruir civis, índios nativos, brancos portugueses e seus descendentes já nascidos em solo pátrio, e negros escravos, para expulsar o invasor estrangeiro.

Neste intuito, Antônio Dias Cardoso infiltrou em território pernambucano grande quantidade de armamento e munição, aliciou líderes da região e recrutou a população, organizando-os, instruindo-os e equipando-os para comporem suas Forças de Resistência e Emboscada. Devido ao sucesso da Batalha do Monte das Tabocas, o pequeno efetivo organizado pelo Sargento-Mor foi transformado no Exército da Restauração, célula “mater” da Força Terrestre Brasileira que, utilizando táticas inéditas para a época e bastantes semelhantes às presentes na atual doutrina de nossas Forças de Operações Especiais, derrotou os holandeses nas duas batalhas dos Guararapes.

       Mais recentemente, em meados do século XX, as experiências e ensinamentos colhidos ao longo da 2ª Guerra Mundial impuseram ao Exército Brasileiro a evolução no campo das Operações Especiais. Assim, naquele momento, mais especificamente em 1957, deu-se início à história moderna das Forças Especiais Brasileiras, quando o Cel R/1 Gilberto Antônio Azevedo e Silva, após retornar de um intercâmbio com o Exército dos Estados Unidos da América, propôs a criação de uma unidade semelhante à tropa de Forças Especiais daquele país. Desta forma, sob sua liderança, os chamados "Pioneiros" realizaram o primeiro Curso de Operações Especiais de nossa Força Terrestre.

Em 1961, oficiais e sargentos com o curso de Operações Especiais foram aos Estados Unidos da América e trouxeram a doutrina dos "Special Forces" e "Rangers", adaptando-a às características e peculiaridades de nosso País.
       Em 12 de agosto de 1968, finalmente foi criado o Destacamento de Forças Especiais, subordinado à Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, fato que deu início ao desenvolvimento e emprego da doutrina brasileira de Forças Especiais no Exército. Paralelamente, findando um processo que perdurou por cerca de 10 anos, após cursos, instruções e um trabalho árduo e determinado de nossos "Pioneiros", foram organizados, em 1968, os primeiros Curso de Ações de Comandos e de Forças Especiais.

 O final do século XX e os conflitos militares que se avolumavam naqueles anos mostraram uma tendência de emprego, cada vez maior, de Forças de Operações Especiais, o que foi determinante para a criação do 1º Batalhão de Forças Especiais, em 30 de setembro de 1983, a partir do núcleo do Destacamento de Forças Especiais. Esta Unidade instalou-se, no ano seguinte, no Camboatá, na cidade do Rio de Janeiro.
       Por seus feitos e glórias como uma das principais Reservas Estratégicas do Exército, em 1991 este Batalhão recebeu a denominação histórica de Batalhão Antônio Dias Cardoso, uma justa homenagem ao Sargento-Mor considerado o primeiro Operador de Forças Especiais do Brasil.

Entenda a história da primeira Batalha de Guararapes nos vídeos abaixo:


Ou seja, as forças especiais do Brasil possuem origem quando a Holanda tentou invadir o Brasil.Nesse combate os brasileiros unidos em um grupo multiétnico e em menor quantidade numérica venceram um exército muito maior(o n°1 da época) usando técnicas de guerrilha e emboscadas,surgindo assim as forças especiais brasileiras. No século 20 tal doutrina foi modernizada e atualizada baseando-se nos métodos das forças especiais e comandos do Reino Unido via Estados Unidos da América que também usaram de base o Reino Unido.E alguns manuais militares do Brasil assim como a doutrina brasileira(o Brasil atualmente uma doutrina made in Brasil) muito se parecem com os métodos das forças especiais da França. Veja abaixo o filme:


 

domingo, 22 de janeiro de 2012

História- O gaúcho que fundou a melhor escola de guerra na selva do mundo (CIGS).


Muitos falam sobre o Centro de Instrução de Guerra na Selva do Brasil (CIGS), considerado o melhor centro desse tipo no mundo por muitos soldados estrangeiros. Mas poucos falam ou sabem quem o criou. Concordo plenamente sobre a nossa fama de melhores.Claro, não somos os únicos que possuem uma unidade especializada em combater nesse ambiente. Confiança deve ser algo muito diferente de arrogância e nacionalismos cegos. Isso é sempre bom lembrar aos mais  grandiosos sonhadores. Mas sei que tal centro que é modelo mundial, muito nos orgulha quer por educar, preservar a nossa flora e fauna ou ensinar a proteger nosso povo e nossa soberania de vizinhos complexos.

O patrono e fundador do CIGS, o Coronel de artilharia Jorge Teixeira de Oliveira veio do sul do Brasil. Nasceu em 03 de junho de 1921, na cidade de General Câmara - Rio Grande do Sul. Inúmeros foram seus feitos e destacadas foram suas atuações, conforme atestam os elogios recebidos de seus chefes, sempre enaltecendo seu espírito inquieto, sua vontade inquebrantável, seu caráter firme e sua competência profissional. Jorge Teixeira de Oliveira, brasileiro provavelmente de diversas origens inspira ainda hoje brasileiros de todas as partes do Brasil e que acreditam que com conhecimento, garra e perseverança o "quase" passe a ser "certeza".

Para capacitar o núcleo inicial de recursos humanos que formaria o corpo docente, o então major TEIXEIRA — " Teixeirão" , como o chamavam os mais próximos — e uma equipe de militares foram enviados ao Panamá e tornaram-se os primeiros "jungle experts" brasileiros no Jungle Operations Training Center (USAJOTC). Após o curso, o Major ( na época) Teixeira iniciou um trabalho fantástico de erguimento da estrutura que redundou na formação, em curtíssimo prazo, da primeira turma de guerreiros de selva, em 19 de novembro de 1966.

Mantido e administrado pelo Exército Brasileiro, o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) foi criado em 02/03/1967.Como primeiro Comandante do CIGS, coube-lhe a escolha, a delimitação da área da sede do campo de instrução e a construção dos pavilhões que deram personalidade ao Centro de Instrução de Guerra na Selva.

Sua atuação e comportamento transcendeu a vida militar, tendo conquistado o carinho e admiração a população amazonense, que certa de sua sinceridade de propósitos e de seu valor, agradecida pelos inúmeros feitos e benefícios que a sua atuação trouxe para o Estado, outorgou-lhe, numa prova eloqüente de reconhecimento e de gratidão, o honroso título de Cidadão do Amazonas, que lhe foi entregue pela Assembleia Legislativa do Estado.

A ele também se deve o brado de Selva! Conta-se que na época de sua criação, o CIGS não dispunha de ficha de serviço de viatura em seus primeiros dias, o que levava à sentinela perguntar o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre recebia uma resposta apressada e lacônica — Selva! — era seu destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.

O CIGS, além do ensino em guerra na selva conforme doutrina brasileira para militares de todas forças armadas brasileiras, também presta serviços gratuitos à comunidade de Manaus, tais como aulas teórico-práticas de preservação do meio ambiente e fauna amazônica e recuperação de animais para devolução ao seu habitat natural. O CIGS possui um zoológico e recebe cerca de 5000 visitantes por mês, entre turistas, estudantes e comitivas nacionais e internacionais.







Faleceu em 28 de janeiro de 1987

Viste o Zoológico do CIGS – Centro de Instrução de Guerra na Selva* (1/13/1999/000105-9) mas RESPEITE A SELVA E A NATUREZA POIS DEPENDEMOS DELA
Avenida São Jorge, 750 – São Jorge – CEP: 69033-010, Manaus – Amazonas (AM)
Telefone: (92) 2125-6400 / (92) 2125-6448? / (92) 2125-6464 / (92) 2125-6460
Ingressos: R$ 2,50 adulto, crianças até 12 anos não pagam, mas devem estar acompanhadas de responsáveis.
De terça-feira a domingo das 9 às 16:30 horas. Home-page: www.cigs.ensino.eb.br

Tal especialidade, o combate na selva, irá ser comentada em um futuro post. Lembramos que o combate em selva faz parte do conhecimento de soldados de forças especiais, porém somente o soldado de selva não pode ser considerado um soldado de forças especiais, embora seja um combatente mortal em ambiente de selva.

Selva!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Diferenciando as forças especiais 2: Como ser um comando? Qual o seu hino? Como atuam hoje?


Origem: Unidades militares tipo comandos existem desde o nascimento da guerra. Homens altamente trainados, selecionados de modo peculiar para pensarem fora da caixa e decididos a arriscas a vida para proteger os seus ideais existem desde os 300 de Esparta.

Mais recentemente, durante a II guerra mundial, o Reino Unido criou os comandos britânicos que atormentaram os nazistas. De grande parte desta unidade, nasceu o SAS, uma elite de soldados ainda mais especializados  que deram origem as forças especiais modernas. O SAS seleciona qualquer militare que passe no seu processo seletivo complexo.

Simbologia: A “Faca na Caveira” é o símbolo da tropa de Comandos do Brasil. A história na internet  relata, que a “Faca na Caveira” se originou nos campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial quando um militar de uma equipe de Operações Especiais que combatiam as tropas alemãs, conhecida como “Comandos”, crava um punhal na caveira que decorava a mesa em um dos abrigos Nazistas e brada: “vitória sobre a morte”. Com esse gesto, queria dizer que os Comandos que representavam a vida, estavam virando o jogo e vencendo a morte. A partir daquele momento, o emblema do punhal cravado no crânio passou a ser símbolo das equipes de operações especiais em todo o mundo.

A verdade sobre a faca na caveira dos comandos do Brasil pode ser lida neste artigo aqui, a história do símbolo dos comandos. 

Como ser um comando? O aluno deve ser militar profissional(no Brasil isso ainda é conseguido através de concursos Os oficiais(via Academia Militar das Agulhas Negras), subtenentes e sargentos(Escola de Sargentos das Armas) de carreira que integram as frações da unidade possuem o Curso de Ações de Comandos, que tem duração de 16 semanas, considerado um dos cursos operacionais mais exigentes das Forças Armadas, sendo a conclusão com exito do curso de paraquedista militar da Brigada de Infantaria Pára-quedista, um pré-requisito para ingressar no curso de ações de comandos. O currículo do curso inclui disciplinas como organização e emprego dos comandos; armamento, munição e tiro; topografia; comunicações; explosivos e destruições; combate em áreas edificadas; natação utilitária; combate corporal e especialização em ações nos ambientes operacionais de selva, caatinga, montanha e pantanal.

Os soldados e cabos do batalhão, são militares que passam por um criterioso processo de seleção antes e durante a incorporação, e são brevetados comandos após concluírem o curso de formação específico que tem duração aproximada de três meses, que explora ao máximo o caráter prático das instruções, sem exigir no entanto aspectos ligados ao planejamento operacional como aos militares profissionais.

Lema: "O máximo de confusão, morte e destruição na retaguarda profunda do inimigo."


Hino:  Letra e música de Benedito Ferraz de Oliveira

Na paz ou na guerra sempre há

um comandos preparado para lutar

se a pátria lhe pedir está pronto para partir

não importa o lugar

na selva, na montanha ou no mar

onde seja necessário atuar

surge do céu seu braço forte

se preciso enfrenta a morte

sua estrela há de brilhar

o céu é seu abrigo,

o solo o seu colchão

à retaguarda do inimigo

levar a morte e grande confusão

surpresa e sorte natural

acompanham a caveira e o punhal

quando a chuva for intensa

e a escuridão imensa é a hora ideal

o rosto dos comandos ninguém vê

suas garras quem sentir não viverá

o ataque é mortal com destruição total

a missão se cumprirá

o céu é seu abrigo,

o solo o seu colchão

na retaguarda do inimigo

leva a morte e grande confusão


Atividades modernas conhecidas:


1991- Guerrilheiros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, adentraram o território brasileiro e atacaram um pequeno contigente de fronteira do Exército Brasileiro, a resposta foi imediata, e o Batalhão de Forças Especiais a qual a Companhia de Ações de Comandos era subordinada, realizou em conjunto com outras unidades, uma operação de retaliação, a Operação Traíra, e o resultado foi o de 12 guerrilheiros mortos, inúmeros capturados, maior parte do armamento e equipamento recuperados, e desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em território brasileiro, e muito menos de ataques a militares brasileiros.


Anos 2000-Recentemente sob a égide das Nações Unidas, o 1º Batalhão de Ações de Comandos teve papel decisivo no combate a grupos paramilitares que assolavam o território haitiano e causavam grande instabilidade política no país.