domingo, 31 de dezembro de 2017
SAS: guerra na selva e o treinamento das tropas inglesas para o combate na selva
Quando pessoas comentam sobre guerra na selva,desinformados e desinformadas pensam que somente o Brasil possui unidades militares que operam neste ambiente operacional. Ufanismo e falta de conhecimento parecem ser a principal causa destes atos inocentes.
Selvas existem ao redor do planeta e muitos lugares possuem unidades especializadas em guerra na selva.
O Reino Unido, embora seja distante geograficamente da selva possui unidades especializadas e que operam na selva desde a II guera antes do CIGS ser criado. E para ser parte do SAS, o militar deve passar por um duro treinamento neste ambiente durante a segunda fase do processo seletivo.
As tropas inglesas possuem um dos maiores e mais significativos repertórios de experiência em combate em selvas tropicais do mundo.
Desde que se tornou uma potência naval o Reino Unido enviou tropas para projetar poder nas selvas da América Central, África, Índia, Sudeste Asiático e Oceania. Essas experiências levaram os ingleses a perceber a elevada complexidade e dificuldade de operar nesse tipo de floresta. Observando um passado recente, algumas experiências merecem destaque:
1.A tropa dos chindits, considerada a maior tropa de operações especiais da II Guerra Mundial, foi formada e liderada pelo Maj Gen Orde Wingate para lutar contra os japoneses na Birmânia.
Empregando táticas de guerrilha; quebraram o mito da invencibilidade japonesa nos combates de selva. As duas principais expedições; Operação Longcloth (1943) e Operação Thursday(1944) foram caracterizadas pelo emprego de enormes efetivos realizando infiltrações de longo alcance para operar atrás das linhas japonesas. As operações foram marcadas por marchas prolongadas em terreno extremamente difícil, realizadas por tropas com alimentação restrita e desgasta por doenças como a malária e disenteria.
2.A Emergência Malaia ( Malayan Emergency), combate de guerrilha travado
entre as tropas da Comunidade Britânica (Commonwealth) e o Exército de Libertação Nacional Malaio (Malayan National Liberation Army -MNLA), o braço armado do Partido Comunista Malaio (Malayan Communist Party-MCP), de 1948 a 1960; ao final, os comunistas foram derrotados. O SAS estava presente neste conflito
3.Confronto Malásia-Indonésia entre 1962–1966 a Malasia e a Indonésia se
enfrentaram em um conflito não declarado que envolveu tropas da Austrália,
Nova Zelândia e Reino Unido. O conflito consistiu na oposição política e armada da Indonésia à criação da Federação da Malásia que representava a manutenção da área de influência britânica na região, apesar da independência formal de suas colônias no sudeste asiático, o resultado foi favorável ao Reino Unido. O SAS participou deste conflito;
4.Apesar de estar saindo de dois conflitos desgastantes, os britânicos apoiaram seus os estados Unidos, seus aliados históricos e enviaram um modesto contingente para a Guerra do Vietnam, visando compartilhar os ensinamentos de suas experiências recentes na Oceania e Malásia.
5.A Operação Barras (Operation Barras) foi uma operação das Forças Armadas Britânicas ocorrida em Serra Leoa em setembro de 2000. O objetivo era resgatar cinco soldados britânicos do “Royal Irish Regiment” que haviam sido capturados pelo grupo miliciano “West Side Boys”. Os militares integravam uma patrulha que retornava de uma visita às tropas jordanianas integrantes da missão de paz da missão da ONU (United Nations Mission in Sierra Leone -UNAMSIL) em Masiaka no dia 25 de agosto de 2000 quando foram capturados pelos rebeldes e levados para uma área remota (Gberi Bana). Devido ao insucesso nas negociações e temendo que os militares fossem transferidos para local ignorado,
o Governo Britânico autorizou o desencadeamento do resgate que foi executado a 10 de setembro do mesmo ano. Na operação participaram O Esquadrão D do 22º Regimento do SAS (D Squadron, 22 Regiment Special Air Service) e uma Companhia do 1º Regimento de Paraquedistas ( 1 PARA). Como saldo, a Operação Barras libertou os cinco soldados capturados além de vinte e um civis sequestrados pelos rebeldes. Durante o assalto, morreram 25 integrantes da
facção e 18 foram aprisionados juntamente com seu líder, Foday Kallay e
entregues às Forças de Segurança de Serra Leoa. 1 soldado inglês morreu na operação. Nas semanas seguintes, vários rebeldes abandonaram a área e 300 se renderam ás forças da ONU (UNAMSIL).
6.Embora não seja uma área se selva tropical, os ingleses afirmaram que a
“ Green Zone” do Iraque é uma região onde eles tem aplicado constantemente técnicas, táticas e procedimentos de operações na selva,
particularmente, rastreamento, devido á densidade da vegetação. Por isso,
algumas de suas tropas tem realizado instruções no centro de treinamento
de Brunei antes de entrar na área de operações. Devido a isso, sempre tiveram uma atenção especial em manter centros de treinamento permanentes onde pudessem enviar suas tropas. Até o final de 2010 as Forças Armadas do Reino Unido possuíam três centros de treinamento de combate em selva em três continentes diferentes: British Army Training Support Unit Belize (BATSUB), em Belize; o British Army Training and Liaison Staff Kenya (BATLSK), no Quênia; e o Jungle Warfare Wing (JWW), em Brunei-ilha de Borneo.
Em 2010 o BATSUB foi visitado por dois militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e em seguida enviou uma comitiva para visitar a escola brasileira situada em Manaus. No ano seguinte, dois integrantes do exército inglês frequentaram o Curso de Operações na Selva em Manaus-AM.
A existência desses três centros de treinamento também serviam para projetar poder militar inglês e manter área de influência da coroa inglesa. Entretanto, os elevados custos logísticos e a evolução do cenário internacional levaram os ingleses a rever suas necessidades, levando ao fechamento do BATSUB em novembro de 2011. Naquela oportunidade, foi realizada uma grande doação de equipamentos para as Forças de Defesa de Belize (BDF-Belize Defense Forces).
Apesar do fechamento do BATSUB, os ingleses permanecem enviando tropas para realizar treinamentos nas florestas de Belize, ainda que em menor escala.
Considerando-se um escalonamento da qualidade e quantidade do aporte de meios, as forças armadas inglesas sempre priorizaram o JWW, seguido pelo BATSUB e , por fim, o BATLSK.
Segundo os ingleses, o ambiente de selva é considerado um dos mais difíceis e sensíveis para a condução de operações. Uma dessas evidências é que o curso de formação do SAS (Special Air Service - Forças Especiais Inglesas), com reputação reconhecida internacionalmente, realiza um treinamento de seis semanas na escola de Brunei; sendo o ambiente operacional em que os alunos permanecem mais tempo dentre todos (montanha, desertos, neve, dentre outros).
Cartão de controle dos alunos no BATSUB.
Jungle Warfare Instructors Course
O JWW tem suas origens no “Bush Warfare Schools “da II Guerra Mundial.
Atualmente é um centro de instrução de rastreamento e operações na selva.
Os ingleses possuem basicamente 4 módulos de instrução que foram replicados no BATSUB e no BATLSK direcionados para Operações na Selva e rastreamento. O Jungle Warfare Instructors Course tem a duração de 6 semanas. O objetivo do curso é treinar ,selecionar e capacitar oficiais e sargentos no planejamento, supervisão e condução de treinamentos de escalão até subunidades a operar em ambiente de selva tropical de acordo com as táticas e doutrinas vigentes.
No contexto atual do Exército britânico, desde 2003 houve uma redução
na ênfase no treinamento sem selva devido a natureza das operações atuais
no Afeganistão, a partir de 2008 tem sido enfatizada uma aliança na
segurança global, técnicas de rastreamento e as tropas especiais como
SAS tem priorizado treinamentos dos fundamentos como tiro e orientação
por exemplo.
O curso é dividido em várias fases distintas. O período de adaptação destina-se a facilitar a aclimatação doa militares, realização de exames técnicos individuais , instruções teóricas introdutórias e participação de um dia prático de sobrevivência na selva (Survival Day). Já na fase de desenvolvimento de habilidades iniciais o militar tem contato com a confecção de abrigos e armadilhas, orientação/navegação, módulos de tiro na selva,
transposição de obstáculos e cursos d´ água , comunicações e exercício de comando de esquadras e grupos de combate. Na fase intermediária, são
realizados exercícios de comando nível pelotão, planejamento e execução
de transposição de curso d´água com pelotão, treino de assalto(diurno
e noturno) com munição festim/real, emboscada com munição festim/
real, operações ribeirinhas (ambiente aquático). Logo em seguida tem inicio
a fase avançada do curso com a realização de patrulha de combate,
noções de rastreamento, técnicas de ação imediata, reconhecimento em
força, patrulha de reconhecimento, Exercício Desafio Chindit . O momento
mais esperado do curso é o exercício final (Final Exercise- FINEX), onde
os militares são submetidos a uma patrulha de longo alcance e longa duração
com planejamento complexo, empregando integração de diferentes formas de infiltração e de difícil coordenação e controle.
A fase de desmobilização do curso merece uma atenção especial. Os ingleses tem uma atenção especial com a manutenção do moral da tropa elevado e procuram proporcionar as melhores condições de arejamento para seus militares e alunos dos cursos e adestramentos. Em Belize, por exemplo, havia um Centro de Aventuras (Adventure Center) com excelente infra estrutura para mergulho e canoagem, além de outras áreas usadas para práticas de rapel, montanhismo
e turismo arqueológico nas ruínas maias.Vista aérea do centro de laser de esportes aquáticos do BATSUB.
Uma das grandes preocupações do Comando do BATSUB era o fato de Belize estar dentro da rota dos furacões. Anualmente, no segundo semestre várias atividades só eram confirmadas após a consulta do boletim meteorológico.
Outros Treinamentos
Além do tradicional curso de operações na selva apresentado os ingleses
conduzem cursos multinacionais (República Tcheca, Noruega, Canadá,
Alemanha, Espanha, Holanda, Austrália, Irlanda, Kênia, Polônia, Indonésia,
Filipinas, Bangladesh, Reino Unido); treinamentos para forças de operações especiais em selva (SAS, SBS,...); adestramentos para Fuzileiros Navais; exercícios básicos de Infantaria; adestramentos para Engenharia de Construção; exercícios de Comunicações nível estratégico (Comando e Controle); treinamento de desminagem e destruição de engenhos falhados; exercício de sobrevivência, evasão, resistência e extração para tripulantes de aeronaves; e adestramento de mergulho e canoagem como infiltração/exfiltração no mar.
Apesar de estarem atualmente com foco nas operações em ambiente desértico e montanhoso do Afeganistão, o Exército britânico permanece sendo um dos maiores detentores da expertise de operações e treinamento na selva. Para isso, não mede esforços em manter bases de treinamento em outros continentes
que proporcionam cursos para seus quadros e oportunidade de adestramento
para frações constituídas. O país é reconhecido internacionalmente pela sua excepcional performance nas operações recentes em selva e projeta essa imagem durante seus cursos multinacionais.
domingo, 24 de dezembro de 2017
A melhor unidade de Forças Especiais do planeta, a verdadeira tropa de elite
Muitas pessoas nos perguntam: De todas unidades de comando e Forças Especiais do planeta qual parece ser a melhor?
Nacionalismos, patriotismos e bravados militares a parte, a resposta parece ser simples e nos leva ao passado da mais antiga unidade operacional da modernidade fundada a ferro, fogo e malandragem, durante a II guerra mundial.
Sim, o SAS parece ser a melhor unidade de Forças Especiais do planeta. E os motivos parecem ser bem racionais e nada sentimentais.
O treinamento sempre ajuda mas de nada adianta sem ser posto a prova em casos reais. O SAS desde o seu nascimento esteve envolvido em casos de guerra convenconal e guerra não convencional.
Vamos resumir: O Serviço Aéreo Especial (Special Air Service) (SAS) é um regimento do Exército Britânico e parte das forças especiais do Reino Unido. O regimento foi criado pelo coronel David Stirling, em África, em 1941, no auge da Segunda Guerra Mundial. O seu papel principal era penetrar nas linhas inimigas e atacar os aeródromos e linhas de abastecimento, no meio do território inimigo, primeiro no Norte de África e, mais tarde, no Mediterrâneo e na Europa ocupada. Stirling estabeleceu o princípio de utilizar pequenos grupos, habitualmente de apenas quatro homens, para realizar ataques - Stirling apercebeu-se de que uma equipe de quatro homens podia, por vezes, ser mais eficaz do que um uma unidade de centenas de soldados.
1- Nascida da mente anticonvencional de um tenente rebelde, David Starling, o oficial que malandramente teve que lograr e enganar oficiais convencionais que queriam impedir que SAS fosse criada, o SAS atua desde a II guerra quando lutou contra nacionais socialistas (nazistas) e fascistas italianos. O ambiente operacional de nascimento do SAS foi o deserto mas se espalhou pelos bosques, cidades e montanhas da Europa.
2- O treinamento superior de guerra na selva do SAS e guerra anticonvencional (operacional desde os anos 50 neste ambiente) levou outros lugares a criar unidades similares que foram vencedoras apesar de serem pequenas como foi o caso do SAS australiano que teve como modelo o SAS do Reino Unido. O SAS australiano combateu na guerra do Vietnam e assustou os vietcongs pela sua sagacidade e poder de combate mesmo sendo uma unidade pouco numerosa.
3- O SAS do Reino Unido combate na selva desde os anos 50 lutando contra comunistas nas selvas da Malásia e Bornéu.
4-O SAS foi a primeira unidade a tentar entender e combater os terroristas do modo que conhecemos hoje. Soldados do SAS ajudaram militares de elite da Alemanha (GSG9) a libertar inocentes das garras de terroristas durante um resgate nos anos 70.
5- Poucos anos depois durante o resgate da embaixada do Iran em Londres o SAS deu uma aula em planejamento e de como lidar com terroristas. O SAS pensava adiante do seu tempo em contraterrorismo e o profissionalismo dos seus soldados foi decisivo para pessoas inocentes escaparem com vida. Muito planejamento antes de atirar sem saber aonde.
6- Processo seletivo com finalidade sem futilidades sem fundamento. Marchas longas, com fardo, armamento e navegando em terreno montanhoso e com pouca visibilidade. Tudo isso seguido de treinamento em guerra na selva e Sobrevivência e Evasão.
Postamos sobre o SAS no passado. Para saber mais sobre os melhores, clique aqui.
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Diferenciando forças especiais x comandos
Pergunta comum que muitas pessoas querem saber: O que diferencia forças especiais e comandos?
Um texto curto seguindo a doutrina brasileira sobre o assunto. Bom lembrar que cada lugar tem uma doutrina e logo assim, se diferencia na maneira de classificar tais unidades.
-Comandos: O Comandos tem como missão realizar ações de captura, resgate, eliminação, interdição e ocupação de alvos compensadores do ponto de vista estratégico, operacional ou tático, situado em área hostil ou sob controle do inimigo, em tempos de paz, crise ou conflito armado, visando contribuir com a consecução de objetivos políticos, econômicos, psicossociais ou militares. Para cumprir tais missões, o batalhão é moldado de forma a ter garantidas as seguintes possibilidades: - realizar infiltrações e exfiltrações terrestres, aéreas e aquáticas; - atuar em qualquer ambiente operacional, particularmente em regiões semi-áridas, de montanha, de planalto e de selva; - conduzir o fogo terrestre, aéreo e naval; - participar em conjunto com outras FOpEsp, de operações contraterrorismo e de guerra irregular; - realizar operações contra forças irregulares; - realizar operações de reconhecimento especial, principalmente em proveito próprio; - realizar outras operações de inteligência de combate; - assessorar outras forças quanto ao emprego dos elementos operacionais de Comandos.
Exemplos mundo afora: Comandos brasileiros, Rangers norte-americanos, Comandos ingleses.
-Forças especiais: Os Operadores de Forças Especiais são especialistas em Guerra Não Convencional, Reconhecimento Especial, Operações Contra Forças Irregulares e Contraterrorismo. Organizam-se em Destacamentos Operacionais de Forças Especiais (DOFEsp), podendo ser empregados em ambientes hostis, negados ou politicamente sensíveis.
O DOFEsp é capaz de estabelecer e cultivar laços de confiança com a população local a despeito das barreiras culturais, apoiando ou evitando uma confrontação militar formal, com repercussões nos níveis político e estratégico do conflito. Os Forças Especiais são caracterizados por serem um grupo de elite de altíssimo desempenho que cumpre missões e tarefas em áreas profundas, além das capacidades das forças convencionais. Estas frações são exclusivamente especializadas, organizadas, equipadas e empregadas de acordo com as seguintes condicionantes: - capacitação em línguas estrangeiras; - compatibilidade étnico-cultural com a região de emprego; - habilidade de percepção dos traços culturais locais; - preparação para adaptar-se ao contexto político local; - especialização em mediação e negociação; - capacitação para operar de forma autônoma em ambientes hostis, negados e politicamente sensíveis; - proficiência na coordenação interagências; e - proficiência na aplicação de avançadas tecnologias.
Exemplos mundo afora: Forças especiais do Brasil, SAS do Reino Unido, Delta force dos Estados Unidos e os boinas verdes (ambos que atuam de modo diferente sendo a Delta Force uma unidade mais secreta que os boinas verdes e criada no modelo do SAS do Reino Unido), SAS Australiano..
domingo, 12 de novembro de 2017
História das Forças Especiais: Como a Força Delta norte-americana copiou o SAS britânico
Quando muitas pessoas falam de forças especiais muitos imaginam soldados norte-americanos musculosos e em especial os boinas verdes.
Mas quem estudou um pouco sobre a história das forças especiais sabe sobre uma outra unidade mais secreta e muito mais operacional: a Força Delta ou 1st Special Forces Operational Detachment - Delta (1st SFOD-D) na lingua inglesa.
A elite da elite dos Estados Unidos chama-se Força Delta e tem uma origem bem peculiar.
Muitos desinformados, deslumbrados e desconhecedores das origens das Força Delta acreditam que tal unidade veio ao mundo pronta sem falhas e com uma doutrina baseda nos boinas verdes. Vamos ajudar as leitoras e leitores a aprender mais sobre o assunto.
No início da década de 60 e 70, surgiu a necessidade de que as Forças Armadas se preparassem para a ascensão do terrorismo global que se insurgia, principalmente por causa dos movimentos radicais islâmicos no Oriente Médio. Os anos 70 foram marcados por muitos ataques terroristas e nenhuma nação naquele momento (incluindo os Estados Unidos) tinha uma unidade especializada para combater o terrorismo.
Os boinas verdes norte-americanos haviam sido utilizados no Vietnã com um certo sucesso militar assim como os Navy Seals, Rangers e patrulhas de recohecimento de longo alcance mas nenhuma destas unidades tinha o preparo para o novo tipo de guerra que o mundo moderno conheceria em pouco tempo.
Os boinas verdes tinham um processo seletivo desgastante mas muito da sua doutrina era ainda bem convencional. Generais e outros oficiais, mesmo que longe do campo de batalha, ainda comandavam militares que operavam em ambientes muitas vezes diversos dos planejados pelos generais. Uma doutrina bem convencional com ordem-unida, treinamento físico convencional e forte respeito a hierarquia ainda imperava nos boinas verdes. Muitos oficiais militares convencionais ainda recebiam uma boina verde e o comando de unidade de boinas verdes sem nunca terem participado do processo seletivo das forças especiais ou operados em ambientes hostis.
Nesta época e em um processo que dura ainda em 2017, as Forças Armadas dos Estados Unidos e do Reino Unido tinham iniciado um sistema de troca de treinamento e num desses treinamentos, o futuro criador da Força Delta, o coronel Charles Beckwith foi enviado como "Oficial de Ligação" do Exército dos EUA como um intercâmbio, para participar da seleção e do treinamento no Special Air Service do Exército Britânico.
Coronel Charles Beckwith foi enviado como "Oficial de Ligação" do Exército dos EUA como um intercâmbio, para participar da seleção e do treinamento no Special Air Service do Exército Britânico. Um soldado nunca sabe tudo e deve procurar saber mais sempre. .
Beckwith havia operado no Vietnã mas viu que tinha muito que aprender. A sua mentalidade convencional de oficial foi testadas muitas vezes aonde soldados do SAS mais experientes no campo de batalha desacatavam as suas ordens. Em uma viagem a selva o oficial norte-americano fez a barba enquanto os britânicos do SAS deixavam a barba crescer para evitar cortes infeccionados. Em outro evento Charles Beckwith ao ver dois soldados britânicos do SAS sentados no solo preparando chá pouco se importando com a presença do oficial norte-americano que os advertiu para mais uma vez ser ignorado pelos soldados do SAS.
Entretanto, Charles Beckwith ficou chocado com o profissionalismo e operacionalidade do SAS que na sua metodologia nada convencional criava soldados mais operacionais que os soldados norte-americanos. O treinamento do SAS tinha sempre uma finalidade. Oficiais perdiam o poder perante soldados mais experientes e no campo de batalha o militar mais experiente era quem comandava. Os oficiais deveriam passar pelo processo seletivo sem regalias por serem oficiais. Marchas longas carregando equipamentos e navegado por terrenos montanhosos eram o teste base sem cangurus e outros exercícios sem finalidade nenhuma.
O SAS foi o modelo a ser copiado quando os norte-americanos decidiram criar a Delta Force.
A mentalidade do SAS provava que fatos e criatividade superavam a teoria fez com que o orgulho oficial norte-americano revisse os conceitos de Forças Especiais.
Após concluir o processo seletivo do SAS e conseguir a almejada boina bege e adquirir conhecimento necessário para treinar e capacitar soldados para a nova necessidade que surgia, Charles Beckwith voltou para os EUA e sugeriu que uma unidade nos modelos do SAS britânico fosse criada.
A Australia, Nova Zelandia e Africa do Sul andavam pelo mesmo caminho.
Charles Beckwith encontrou muita dificuldade no caminho. Os militares convencionais dos Estados Unidos ainda comandavam os boinas verdes e a mente fechada os impedia de ver os fatos. Charles demonstrou para os altos escalões das forças armadas norte-americanas a vulnerabilidade e a falta que fazia de uma unidade militar similar a SAS mas foi boicotado e ignorado por anos. A história se repetia e parecia semelhante quando o oficial David Stirling, criador do SAS durante a II guerra, sofreu dificuldades e boicotes por parte de generais e oficiais ao tentar criar o SAS.
Felizmente e depois de muitos anos, Charles Beckwith foi chamado para criar uma unidade semelhante ao SAS nos Estados Unidos. O processo seletivo para a Delta Force foi modelado no SAS totalmente.
Mas quem estudou um pouco sobre a história das forças especiais sabe sobre uma outra unidade mais secreta e muito mais operacional: a Força Delta ou 1st Special Forces Operational Detachment - Delta (1st SFOD-D) na lingua inglesa.
A elite da elite dos Estados Unidos chama-se Força Delta e tem uma origem bem peculiar.
Muitos desinformados, deslumbrados e desconhecedores das origens das Força Delta acreditam que tal unidade veio ao mundo pronta sem falhas e com uma doutrina baseda nos boinas verdes. Vamos ajudar as leitoras e leitores a aprender mais sobre o assunto.
No início da década de 60 e 70, surgiu a necessidade de que as Forças Armadas se preparassem para a ascensão do terrorismo global que se insurgia, principalmente por causa dos movimentos radicais islâmicos no Oriente Médio. Os anos 70 foram marcados por muitos ataques terroristas e nenhuma nação naquele momento (incluindo os Estados Unidos) tinha uma unidade especializada para combater o terrorismo.
Os boinas verdes norte-americanos haviam sido utilizados no Vietnã com um certo sucesso militar assim como os Navy Seals, Rangers e patrulhas de recohecimento de longo alcance mas nenhuma destas unidades tinha o preparo para o novo tipo de guerra que o mundo moderno conheceria em pouco tempo.
Os boinas verdes tinham um processo seletivo desgastante mas muito da sua doutrina era ainda bem convencional. Generais e outros oficiais, mesmo que longe do campo de batalha, ainda comandavam militares que operavam em ambientes muitas vezes diversos dos planejados pelos generais. Uma doutrina bem convencional com ordem-unida, treinamento físico convencional e forte respeito a hierarquia ainda imperava nos boinas verdes. Muitos oficiais militares convencionais ainda recebiam uma boina verde e o comando de unidade de boinas verdes sem nunca terem participado do processo seletivo das forças especiais ou operados em ambientes hostis.
Nesta época e em um processo que dura ainda em 2017, as Forças Armadas dos Estados Unidos e do Reino Unido tinham iniciado um sistema de troca de treinamento e num desses treinamentos, o futuro criador da Força Delta, o coronel Charles Beckwith foi enviado como "Oficial de Ligação" do Exército dos EUA como um intercâmbio, para participar da seleção e do treinamento no Special Air Service do Exército Britânico.
Coronel Charles Beckwith foi enviado como "Oficial de Ligação" do Exército dos EUA como um intercâmbio, para participar da seleção e do treinamento no Special Air Service do Exército Britânico. Um soldado nunca sabe tudo e deve procurar saber mais sempre. .
Beckwith havia operado no Vietnã mas viu que tinha muito que aprender. A sua mentalidade convencional de oficial foi testadas muitas vezes aonde soldados do SAS mais experientes no campo de batalha desacatavam as suas ordens. Em uma viagem a selva o oficial norte-americano fez a barba enquanto os britânicos do SAS deixavam a barba crescer para evitar cortes infeccionados. Em outro evento Charles Beckwith ao ver dois soldados britânicos do SAS sentados no solo preparando chá pouco se importando com a presença do oficial norte-americano que os advertiu para mais uma vez ser ignorado pelos soldados do SAS.
Entretanto, Charles Beckwith ficou chocado com o profissionalismo e operacionalidade do SAS que na sua metodologia nada convencional criava soldados mais operacionais que os soldados norte-americanos. O treinamento do SAS tinha sempre uma finalidade. Oficiais perdiam o poder perante soldados mais experientes e no campo de batalha o militar mais experiente era quem comandava. Os oficiais deveriam passar pelo processo seletivo sem regalias por serem oficiais. Marchas longas carregando equipamentos e navegado por terrenos montanhosos eram o teste base sem cangurus e outros exercícios sem finalidade nenhuma.
O SAS foi o modelo a ser copiado quando os norte-americanos decidiram criar a Delta Force.
A mentalidade do SAS provava que fatos e criatividade superavam a teoria fez com que o orgulho oficial norte-americano revisse os conceitos de Forças Especiais.
Após concluir o processo seletivo do SAS e conseguir a almejada boina bege e adquirir conhecimento necessário para treinar e capacitar soldados para a nova necessidade que surgia, Charles Beckwith voltou para os EUA e sugeriu que uma unidade nos modelos do SAS britânico fosse criada.
A Australia, Nova Zelandia e Africa do Sul andavam pelo mesmo caminho.
Charles Beckwith encontrou muita dificuldade no caminho. Os militares convencionais dos Estados Unidos ainda comandavam os boinas verdes e a mente fechada os impedia de ver os fatos. Charles demonstrou para os altos escalões das forças armadas norte-americanas a vulnerabilidade e a falta que fazia de uma unidade militar similar a SAS mas foi boicotado e ignorado por anos. A história se repetia e parecia semelhante quando o oficial David Stirling, criador do SAS durante a II guerra, sofreu dificuldades e boicotes por parte de generais e oficiais ao tentar criar o SAS.
Felizmente e depois de muitos anos, Charles Beckwith foi chamado para criar uma unidade semelhante ao SAS nos Estados Unidos. O processo seletivo para a Delta Force foi modelado no SAS totalmente.
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Saiba mais sobre o Special Boat Service (SBS), os Navy Seals do Reino Unido
Você provavelmente já ouviu falar sobre o SAS, a unidade de forças especiais mais renomadas dos militares britânicos que se tornou famosa em maio de 1980 como resultado de seu envolvimento heróico no cerco da embaixada iraniana (assista um filme no cinema sobre eles. Leiam mais aqui) .
Mas o que você sabe sobre o SBS? O ramo das forças especiais da Marinha é igualmente qualificado e igualmente secreto sobre suas operações. O SBS possui como equivalente os US Navy Seals (EUA), Shayetet 13 (Israel) e o GRUMEC (Brasil).
O SBS, ou o Special Boat Service (Serviço de Bote Especial no nosso idioma), principalmente recrutas dos Royal Marines commandos, uma parte dos militares já considerado uma força de elite. O SAS aceita militares de todas as unidades e setores, do Royal Marine Commando ao cozinheiro, MAS desde que passe no longo processo seletivo e atue como boa conduta por ano depois de receber a boina cor de areia (processo sem formaturas e pompas).
O SAS faz deste modo para manter a humildade do militar. Aceita militares de todos as unidades pois o diferencial do soldado que combate a guerra irregular é a criatividade e pensar diferente dos demais.
Apesar de sua natureza secreta, o SBS assimo como o SAS, começou durante a Segunda Guerra Mundial como uma unidade especializada do Exército treinada para realizar operações anfíbias difíceis. Os Navy Seals, Comanf e Grumec nem existiam ainda naquele tempo.
O principal papel do SBS é reunir informações sobre objetivos, determinar a direção do fogo da artilharia naval e operar como uma unidade de combate ao terrorismo marítimo.
No nascimento da unidade, os homens trabalhariam em pares, remando a terra em pequenos botes lançados a partir de submarinos para sabotar as linhas de trilho e comunicação inimigas.
Eles também plantariam minas em navios inimigos, usando a habilidade de trabalharem disfarçados e utilizar o elemento de surpresa como meio de fazê-lo.
O SBS ainda desempenha um papel ativo, embora muito secreto, nas operações militares; Eles serviram recentemente no Afeganistão e no Iraque.
Enquanto em solo afegão, os relatórios sugeriram de uma invasão da SBS aonde eles resgataram dois soldados italianos capturados pelos talibãs.
Infelizmente, em 2012, a SBS falhou em sua operação para resgatar o refém britânico Christopher McManus e seu colega italiano quando foram levados como captores na Nigéria.
Infelizmente, ambos os homens foram mortos pelos homens armados que os mantiveram.
Rivalidade
Não surpreendentemente considerando que ambas as organizações acreditam ser as forças militares de elite do mundo, existe uma rivalidade de longa data entre o SAS e o SBS.
Mas não há duvidas de que o Serviço de Barco Especial tenha que passar por um dos processos de seleção mais difíceis do planeta.
Começando com quatro semanas de testes de resistência, isso é projetado para "eliminar" qualquer pessoa sem o nível de aptidão necessário.
O teste de resistência termina em uma marcha de 40 km para ser concluída em menos de 20 horas, enquanto carrega bergens (mochilas) pesados.
Eles também serão submetidos a treinamento da selva, que é projetado para empurrar os recrutas para os limites de sua resistência, pois eles são forçados a navegar, patrulhar e sobreviver nas densas selvas de Belize.
Provavelmente, o elemento mais difícil do processo é o curso de sobrevivência de combate de quatro semanas.
Aqui, as tropas serão ensinadas sobre técnicas de fuga e evasão antes de embarcar em exercícios onde foram "capturados" pelas tropas inimigas e submetidos a interrogatórios intensos.
Aqui, eles serão privados de comida, água e sono, colocados em posições de estresse e submetidos a explosões intermitentes de ruído, após o que serão interrogados.
Além de fornecer seu nome, data de nascimento, número de série e classificação, eles só podem responder perguntas com a resposta "Não posso responder a essa pergunta".
O estágio final de treinamento é o Curso de Treinamento em Canoas, que se concentra nas habilidades específicas do SBS, principalmente demolições subaquáticas, reconhecimento de praia e técnicas de levantamento.
O meio primário que o SBS usa para realizar suas operações secretas continua a ser a canoa.
Este pequeno barco oferece o meio perfeito para deslizar silenciosamente através da água, invisível e inaudito pelo inimigo desavisado.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Dica de cinema do melhor filme do ano sobre Forças Especiais: 6 dias
Leitoras, leitores e amantes de cinema que gostam de filme sobre Forças Especiais e história: O filme 6 dias (6 days em Inglês) chega nas telas dos cinemas no exterior e esperamos que assim seja no Brasil.
O filme relata como a melhor tropa de elite do planeta (o SAS, Forças Especiais do Reino Unido) resgatou inocentes de terroristas nos anos 80 durante o regate da Embaixada do Iran em Londres.
Aprenda mais o SAS neste post AQUI.
O SAS atua desde a II guerra mundial em diversos conflitos pelo mundo. Da selva ao deserto e ambientes urbanos. De emboscadas, incursões, resgates ou coletando informação e fazendo vigilancia, o SAS opera de modo amplo e pensando muito mais que a mente limitada de um militar convencional mais preocupado em formaturas e embustes.
O SAS durante este resgate obedecia ordens diretas da primeira ministra do Reino Unido daquele tempo, Margaret Thatcher, que era uma grande defensora das Forças Especiais do. Reino Unido
Para quem se diz estudioso das Forças Especiais e acha incorretamente que tudo se resume a grito, tiro e bomba aconselhamos a estudar mais e rever este conceito.
Um diretor de cinema e amante de história da Forças Especiais resumiu bem: "um filme que retrata o resgate de inocentes pelo SAS. Um tempo que terroristas eram tratados como terroristas e preparo, planejamento e operacionalidade mostraram que sempre geram resultado".
Traile do filme abaixo:
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
História e fatos desconhecidos das forças especiais
Embora muitas pessoas pensem que unidades de elite tenham sempre
sucesso (e muitas possuem um alto grau de sucesso quando operam), muitas vezes
o nascimento destas unidades é sofrido e esnobado pelos militares convencionais
que possuem uma mente limitada. O leigo em geral desconhece estes fatos
desconhecidos das forças especiais que tentam manter tudo em sigilo.
Um soldado de força especial é
completamente diferente de um militar convencionado embora inicialmente em geral deva passar por um tempo inicial como militar convencional.
Infelizmente um leigo possui o estranho costume de ao ver uma foto de um militar bem equipado pensar que tal militar é de uma força especial. Isto nunca vai dizer de qual unidade ele pertence. Ele pode ser de uma unidade de infanta ria especilizada ou quem sabe pagando embuste (algo muito comum nas nossas forças armadas).
Infelizmente um leigo possui o estranho costume de ao ver uma foto de um militar bem equipado pensar que tal militar é de uma força especial. Isto nunca vai dizer de qual unidade ele pertence. Ele pode ser de uma unidade de infanta ria especilizada ou quem sabe pagando embuste (algo muito comum nas nossas forças armadas).
Ser um militar de força especial vai além de ser um que faz cangurus, falar girias idiotas ou correr
muito. Um militar de força especial tem pouco a ver com uma hierarquia austera
e cega. E muito menos vai querer pagar
embuste e ficar se exibindo a toda hora com uma tatuagem na face como “sou da unidade de elite”.
Querem saber os motivos? Simples. Tais unidades devem agir e
operar de modo secreto. Se a unidade aparece demais e mostra os seus
treinamentos na TV ela pode ser boa mas passa longe de ser a elite da elite. O mesmo vale para o militar. Quem muito quer aparecer por ego inflado, nunca vai ser de uma unidade especial.
Como disse um certo soldado do SAS uma vez: "somos o grupo de homens que chega no lugar sem ser notado, faz o que deve fazer e sai sem ser visto, sem fazer dramas ou querer aparecer. Debatermos os nossos problemas em segredo e voltamos a operar do mesmo jeito em outro lugar."
Como disse um certo soldado do SAS uma vez: "somos o grupo de homens que chega no lugar sem ser notado, faz o que deve fazer e sai sem ser visto, sem fazer dramas ou querer aparecer. Debatermos os nossos problemas em segredo e voltamos a operar do mesmo jeito em outro lugar."
Agora vejamos uns fatos e história pouco conhecidos das
forças especiais (nos referimos ao SAS e a Delta Force em especial). O SAS é a unidade base que moldou as forças especiais ao redor do planeta. Escrevemos sobre eles. Fontes utilizadas: livros dos falecidos criadores e soldados destas
unidades.
1-Unidades como o SAS , Delta Force e Team 6 nao tem missoes
reconhecidas pelos proprios governos. Na verdade os governos se negam a
comentar sobre tais unidades.
2- O SAS quase nao foi criado durante a II guerra porque os
militares convencionais nao entediam o objetivo da unidade que era pequena e agressiva. O criador do SAS sofreu boicotes e ataques de outros oficiais que achavam o SAS um bando de militares aventureiros malucos.
3-O criador do SAS nao era bem visto por militares
convencionais porque era um oficial criativeo e rebelde e de certo modo, playboy. Ele teve
que pular o muro de um prédio militar para entregar o documento que propunha a
criaçao do SAS para um general que era um dos poucos a simpatizar com ele. O
Reino Unido no momento estava perdendo a guerra para a Alemanha que possuia
unidades de elite bem operacionais.
4-Muitos
dos originais militares do SAS vieram de todas as outras unidades do exército
britanico. Uns eram comandos que ficavam chateados pois muitas missoes dos comandos eram
canceladas e as unidades dos comandos eram enormes. Outras vieram de unidades nada operacionais ou eram civis.
5-Um dos maiores guerreiros do SAS durante a II Guerra ao
ser recrutado pelo SAS estava na cadeia por ter dado um soco em um oficial do
exército britanico. Era jogador de rugby com um temperamento explosivo e detestava oficiais em geral.
6-Os primeiros treinamentos do SAS sofriam por falta de
recursos. A base no deserto foi formada depois de soldados do SAS terem
roubado equipamentos de militares da Nova Zelandia pois a Inglaterra nao tinha
fornecido recursos.
7-O treinamento de paraquedismo foi improvisado pulando de
jipes em movimento.
8- Uma regra base do SAS que dura até hoje: quando operando
no campo , as operaçoes sempre sao planejadas pelos homens que estao operando e
NUNCA pelos oficiais que se encontram longe da area de operacao.
9- Praticas militares como ordem unida e outras pompas
militares nao sao bem vistas pelos soldados do SAS. Motivo? Nada operacionais e perda de tempo.
10- Em operacoes na selva e outros lugares, praticas
militares muito comuns como fazer a barba, polir coturnos e outras coisas nunca
sao feitas. O SAS iniciou a operar na selva ainda nos anos 50 quando combatiam guerrilheiros comunistas com o apoio do povo local. A guerra na selva é uma especialidade deles também.
11- O criador norte-americano da Delta Force se inspirou totalmente no modelo do SAS para criar a Delta Force.
12-Do mesmo modo que o criador do SAS sofreu ataques dos militares convencionais ingleses, o criador da Delta Force sofreu ataques dos militares convencionais norte-americanos que nada entendia do conceito de forças especiais baseados no SAS. Os Estados Unidos ja possuiam os boinas verdes na época que a Delta Force foi criada e os boinas verdes eram orgulhosos. Porém, o treinamento na época era pouco realista e os soldados ainda eram pouco criativos se comparados com o SAS.
13-O cridador da Delta Force americana passou um tempo em treinamento com o SAS em virtude de um programa de intercambio entre o governo do Reino Unido e dos Estados Unidos. Ele ficou surpreso com o ambiente sem ordem unida, formaturas e o pouco respeito dos soldados com os os oficiais. O ambiente era completamente diferente dos boinas verdes.
14- Uma certa vez, ao ver dois soldados do SAS sentandos no solo bebendo cha e um pouco desleixados, o oficial norte-americano, acostumado ao modelo mais convencional dos boinas verdes, pediu aos soldados que fossem fazer algo e exigiu disciplina e foi ignorado pelos soldados do SAS.
15- Embora os soldados do SAS fossem diferentes dos norte-americanos no seu modo de agir,, quando operavam mostraram um alto grau de adestramento com um treinamento mais realista do que ficar correndo e pagando cangurus: navegar por terrenos com alto grau de dificuldade carregando fardo pesados, uso de municao real e outra técnicas que deixaram o futuro criador do Delta Force impressionado.
16- O SAS foi a primeira unidade a criar uma tropa anti-terrorista ainda nos anos 70 ajudando o GSG9 a salvar reféns na Alemanha.
17- Em 1980 o SAS salvou reféns no resgate da Embaixada do Iran. Tal acontecimento é modelo de como atuar com terroristas.
18- O SAS teve reconhecimento e era sempre louvado pela primeira-ministra Margareth Tatcher que sempre foi um fiel defensora do Regimento.
19- O SAS possui unidades similares como o SAS australiano e SAS neozelandes. Todos nasceram do conceito original do SAS.
11- O criador norte-americano da Delta Force se inspirou totalmente no modelo do SAS para criar a Delta Force.
12-Do mesmo modo que o criador do SAS sofreu ataques dos militares convencionais ingleses, o criador da Delta Force sofreu ataques dos militares convencionais norte-americanos que nada entendia do conceito de forças especiais baseados no SAS. Os Estados Unidos ja possuiam os boinas verdes na época que a Delta Force foi criada e os boinas verdes eram orgulhosos. Porém, o treinamento na época era pouco realista e os soldados ainda eram pouco criativos se comparados com o SAS.
13-O cridador da Delta Force americana passou um tempo em treinamento com o SAS em virtude de um programa de intercambio entre o governo do Reino Unido e dos Estados Unidos. Ele ficou surpreso com o ambiente sem ordem unida, formaturas e o pouco respeito dos soldados com os os oficiais. O ambiente era completamente diferente dos boinas verdes.
14- Uma certa vez, ao ver dois soldados do SAS sentandos no solo bebendo cha e um pouco desleixados, o oficial norte-americano, acostumado ao modelo mais convencional dos boinas verdes, pediu aos soldados que fossem fazer algo e exigiu disciplina e foi ignorado pelos soldados do SAS.
15- Embora os soldados do SAS fossem diferentes dos norte-americanos no seu modo de agir,, quando operavam mostraram um alto grau de adestramento com um treinamento mais realista do que ficar correndo e pagando cangurus: navegar por terrenos com alto grau de dificuldade carregando fardo pesados, uso de municao real e outra técnicas que deixaram o futuro criador do Delta Force impressionado.
16- O SAS foi a primeira unidade a criar uma tropa anti-terrorista ainda nos anos 70 ajudando o GSG9 a salvar reféns na Alemanha.
17- Em 1980 o SAS salvou reféns no resgate da Embaixada do Iran. Tal acontecimento é modelo de como atuar com terroristas.
18- O SAS teve reconhecimento e era sempre louvado pela primeira-ministra Margareth Tatcher que sempre foi um fiel defensora do Regimento.
19- O SAS possui unidades similares como o SAS australiano e SAS neozelandes. Todos nasceram do conceito original do SAS.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Por qual motivo tantos brasileiros se alistam na Legião Estrangeira Francesa ao invés de se alistarem nas forças armadas brasileiras?
Escrevemos sobre unidades militares de elite do Brasil mas sem fanatismo ou embuste também falamos de unidades de elite estrangeiras. O nosso artigo sobre o SAS é bem interessante e é sobre a mais antiga e mais experiente de todas forças especiais. Leiam o artigo aqui.
E falando de unidades militares estrangeiras, nada mais natural que falar da Legião Estrangeira Francesa. E fica a pergunta: Por qual motivo tantos brasileiros se alistam na Legião Estrangeira Francesa ao invés de se alistarem nas forças armadas brasileiras? Tentarei responder isso mais tarde.
A Legião Estrangeira Francesa é uma unidade militar da França, criada no século XIX. É a mais famosa legião estrangeira ainda em operação no mundo embora a Espanha também possua uma unidade similar mas menos popular e operacional, a Legião Estrangeira Espanhola. Considerada um corpo de elite do Exército da França, a Legião é composta por homens estrangeiros, com idades entre 17 e 40 anos, que assinam um contrato de 10 meses de duração para combaterem em nome da França. Os salários variam entre R$ 3.145 e mais de R$ 11 mil mensais convertendo para o real (MAS LEMBRE-SE, pessoas sem experiência em viagens, na França AS PESSOAS GANHAM EM EURO MAS GASTAM IGUALMENTE EM EURO) dependendo das qualificações que possui e se está participando de uma operação no exterior.
Na foto, 12 brasileiros, integrantes da 2ª e da 3ª companhias do
2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas, na base de Tessalit, montada
durante a Operação Serval (Foto: Diego Gonzales/Arquivo Pessoal)
A Legião é considerada uma tropa de elite basicamente formada por unidades de infantaria pronto-emprego com outras unidades de apoio. A Legião não é uma unidade de forças especiais da França. Outras unidades francesas fazem o trabalho de forças especiais.
O processo seletivo é feito unicamente no quartel do 1º Regimento Estrangeiro em Aubagne, cidade a cerca de vinte quilômetros de Marselha, no sul da França.
Alternativamente, informações podem ser obtidas em um Posto de Informações da Legião Estrangeira (PILE), disponíveis nas cidades francesas de Aubagne, Bordeaux, Lille, Lyon, Marseille, Metz, Nantes, Nice, Paris, Perpignan, Reims, Rouen, Strasbourg e Toulouse.
A seleção ocorre unicamente em solo francês "hexagonal", os voluntários não podem se alistar na Guiana Francesa.
Para participar do mesmo é necessário:
- ser do sexo masculino (podem chorar, feministas);
- ter entre dezessete e quarenta anos;
- portar um documento de identidade válido internacionalmente, ou seja, um passaporte válido;
- Não precisa ser solteiro pra se alistar;
- Não é obrigatório falar o francês, pois aprenderá durante o ofício.
- Treinamento inicial de 4 semanas — iniciação ao estilo de vida militar; atividades de campo; aprendizado das tradições da Legião Estrangeira;
- Marcha do "quépi branco" e cerimonia de graduação — 1 semana;
- Treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 3 semanas;
- Treino em montanha (chalé Formiguère na região dos Pirenéus franceses) — 1 semana;
- Novo treino técnico e prático, alternando entre quartel e campo — 2 semanas;
- Exames e obtenção do certificado técnico elementar — 1 semana;
- Marcha do final do treinamento básico — 1 semana;
- Escola de veículos pesados e caminhões — 1 semana;
- Retorno a Aubagne antes da partida para o regimento onde irá servir — 1 semana.
século XIX. Antigamente, muitos criminosos se alistavam na Legião fugindo da justiça e muitos tinha certeza que as missões da Legião eram o caminho certo para a morte mas a preferiam do ir para a cadeia. Hoje muita coisa mudou e o processo seletivo é bem mais refinado assim como o treinamento militar.
A Legião Estrangeira Francesa também possui unidades paraquedistas e de guerra na selva. E muitos brasileiros fazem parte delas. O Brasil possui uma razoável quantidade de militares na
Legião.
Quer se alistar na Legião? Prepare-se fisicamente e intelectualmente. Tudo tem um preço é um prazo a ser cumprido. Não se aventure, pois não há espaço para amadores ainda mais em um lugar com pessoas de todo mundo.
Site oficial da Legião Estrangeira Francesa em português: http://pt.legion-recrute.com/http://pt.legion-recrute.com/
E a pergunta: Por qual motivo tantos brasileiros se alistam na Legião Estrangeira Francesa ao invés de se alistarem nas forças armadas brasileiras?
Deixo os legionários com a resposta:
".....Após trabalhar por dois anos na cozinha da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (Espcex), em Campinas (SP), o soldado Pascoal (nome ficíticio), de 23 anos, ingressou na Legião também buscando viver experiências reais de combate...."
Com especialização de Comandos no Brasil, o curso que prepara tropas especializadas para as mais diversas situações, e tendo atuado em Goiânia (GO) na Brigada de Operações Especiais, a tropa de elite do Brasil, Irineu pertence à 2ª Companhia do 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedistas e chegou a Tombuctu de paraquedas, realizando um salto em alta altitude, sem que as pessoas em terra consigam ver a aeronave, e chegando ao combate em meio ao território inimigo.
".............Tomamos a cidade em mais de 15 horas de combate após chegar a terra. E o melhor é que chegamos saltando. Um salto operacional não tem preço, é o sonho de todo combatente. Nos preparamos a vida inteira para isso”, diz Irineu, que está na Legião há 6 anos......................"
1-Nas reportagens que leio noto legionários que não foram aceito pelas forças armadas do Brasil por algum motivo, pessoas que foram aceitas mas viraram lavadores de pratos, cortadores de grama ou outros serviços braçais sem nada aprender como militares ou ex-militares operacionais que queriam mais do que o as Forças Armadas do Brasil ofereciam. Sei de excelente soldados que tinham tudo para serem forças especiais mas a arcaica mentalidade das nossas forças armadas quase destruiu seus sonhos. Estas pessoas foram para os Estados Unidos e realizaram o sonho de ser um militar operacional.
2-Infelizmente, o Brasil possui um processo seletivo muito travado para um militar se tornar um comando ou força especial desde a parte burocrática até a parte logística. Um recruta raramente vai ter contato com um comando ou forças especiais.
3-Saliento que o SAS, que considero a melhor unidade de forças especiais do planeta tem um processo seletivo relativamente simples se comparado ao Brasil e militares de qualquer arma ou serviço tem a mesma chance de passar na seleção. Não existem pré- requisitos como ser paraquedista, comando ou isso ou aquilo. Depois de passar a rígida e funcional seleção e uma processo de formação o militar é colocado em operações reais ao mesmo tempo que faz cursos de aperfeiçoamento.
4-Imaginem a dificuldade que é ir para a França (hoje bem menos que antigamente), aprender um novo idioma (felizmente o francês é uma língua latina como o português) e um modelo de operar de uma outra cultura? Estes militares poderiam muito bem ser aproveitados no Brasil mas o nosso sistema é antiquado, fazendo com que muitos militares sejam mais concurseiros que militares operacionais.
5- Para finalizar, em grande parte do planeta, militares são respeitados pelo povo por proteger a população e defenderem os interesses da nação. No Brasil infelizmente existe jornalista que defende ditaduras comunistas e gosta de colocar o povo contra os militares sempre levantando o fantasma do regime militar que é passado.
Todo respeito aos bravos soldados da Legião.
sábado, 15 de abril de 2017
Se você nunca ouvir falar do SAS (Serviço Aéreo Especial) a base das nossas forças especiais, ESTUDE MAIS
Alguns meses atrás um vídeo nos foi indicado pelo Facebook. O vídeo em si se tratava dos comandos do Brasil fazendo treinamento antiterrorismo e um outro treinamento na selva. Ufanistas começaram a enaltecer os guerreiros da selva do Brasil como os imbatíveis neste ambiente. Os comandos que praticavam antiterrorismo na casa da morte (local aonde faziam o seu treinamento) também foram citados como os melhores do planeta. Muitos citavam que nossos militares eram inovadores neste tipo de treinamento.
Com todo respeito aos meus colegas guerreiros mas vamos aos fatos:
As forças especiais do Brasil foram moldadas no modelo norte-americano com um toque nacional dado pela Batalha de Guararapes. Mas praticamente todas as forças especiais modernas do mundo foram moldadas no SAS (Serviço Aéreo Especial) a mais antiga das forças especiais britânicas. Aqui nos referimos as técnicas mais atuais de combate.
Se você nunca ouvir falar do SAS (Serviço Aéreo Especial) a base das nossas forças especiais e forças especiais modernas, deixamos uma dica: procure estudar mais. Todo militar deveria saber como o SAS pensa e atua.
Antes do Brasil pensar em ter forças especiais as forças especiais britânicas e em especial o SAS operavam em ambientes de selva, antiterrorismo e guerra irregular. E tem muito leigo misturando o que é uma unidade de comandos com unidades de forças especiais. Ambas possuem missões distintas.
Fatos históricos abaixo:
1- O SAS foi criado em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, para combater nos desertos da África do Norte, por um tenente escocês chamado David Stirling. Oficiais de guerra convencional tentaram sabotar a nova unidade criada pelo tenente que recrutou ex-comandos britânicos. As unidades de comandos utilizavam muitos homens e tinham muitas missões canceladas. David Stirling teve a revolucionaria idéia de usar unidades bem menores infiltradas nos campos inimigos. Os soldados do SAS tinham um perfil bem atípico dos militares convencionais. O Brasil pouco sabia de forças especiais nesta época.
2- Depois da II Guerra, o Reino Unido começou a combater comunistas nas selvas do Bornéu e Malásia. O SAS inclusive tem uma boa parte do treinamento inicial na selva e já faz parte do processo seletivo. Este treinamento depois se torna mais especializado. Ou seja, em 1950 soldados do SAS já estavam atuando em missões reais na selva. O nosso excelente CIGS foi formado tempos depois.
3- O SAS que iniciou o estudo em missões antiterroristas e resgate de reféns em ambientes confinados. Nem o Brasil e nem os americanos tinham preparo para este tipo de operação na época. O nome que os comandos brasileiros deram para a sua casa de treinamento (casa da morte) vem DIRETAMENTE do SAS que chama o seu lugar de treinamento de killing house (casa da morte em língua inglesa). O SAS participou de muitas missões de resgate de reféns com o maior índice de sucesso até hoje entre muitas unidades de forças especiais.
5- Suas missões incluem nem sempre o perfil do tradicional militar. Soldados do SAS podem se vestir como civis e odeiam coisas com marchar, faxina e demais atividades com perdas de tempo.
6- Unidades como o SAS neozelandês e australiano (fotos acima) foram diretamente copiadas do modelo britânico. Estas unidades tiveram grande sucesso durante a guerra do Vietnã para quem desconhece o envolvimento deles considerando que eram bem menores que unidades norte-americanas.
7- A famosa Delta Force norte-americana foi criada por um militar norte-americano que passou pelo curso do SAS durante um treinamento no Reino Unido e notou que os boinas verdes deixavam a desejar na época. Os Estados Unidos tinham os boinas verdes como modelo naquele tempo. O comandante norte-americano mostrou humildade, aprendeu que o SAS tinha mais a ensinar e copiou o modelo britânico ao criar a Delta Force. Ele também sofreu represálias de militares que desconheciam a guerra convencional assim como de muitos boinas verdes que sabiam tudo na teoria mas nada na vida real e tinha uma certa rivalidade com a mentalidade nada convencional do SAS. Escreverei um texto sobre este tema.
8- O SAS anda operando em missões reais desde a II guerra por todo o planeta desde o seu nascimento em 1941 até hoje. Alguns dos lugares e missões divulgadas podem ser vistas abaixo (em língua inglesa):
- Operation Crusader, initial unsuccessful raid.
- Operation Squatter, 16/17 November 1941, raid on forward Axis airfields in North Africa.
- Operation Green Room
- Operation Agreement
- Operation Bigamy, September 1942, raid on the Port of Benghazi.
- Operation Palmyra
- Malayan Emergency
- Operation Helsby, February 1952, series of deep penetration operations in Malaya.[3]
- Operation Hive
- In 1958 two squadrons of 22 SAS were deployed to Oman to put down a rebellion.[4] In January 1959 the SAS carried out a successful assault on a large guerrilla force on the Sabrina plateau.[5]
- Operation Claret, June 1964 – 1966, series of high risk cross-border patrols into Indonesia.[6]
- "Keeni-Meeni Operations", 10 December 1963 – 1967, the search for Yemeni-trained assassins.[7]
- Operation Storm, 1970–1977, deployment of the SAS to support the Sultanate of Oman; operating under the auspices of a British Army Training Team (BATT). Included the well documented attack on the SAS outpost at Mirbat.[8]
Iranian Embassy Siege
Falklands War
The Troubles
Persian Gulf War
Japanese embassy hostage crisis
Bosnian War
War in Afghanistan
Iraq War
Operation Enduring Freedom – Horn of Africa
Military intervention against the Islamic State of Iraq and the Levant
Libyan Civil War
Ou seja: confiança é uma coisa mas sem soberba e arrogância. As forças especiais do Brasil ainda tem um longo caminho pela frente em certos aspectos. Muitas unidades hoje treinam juntas mas a base e o reconhecimento de uma raiz nascem com estudo. E muita vezes isso gera um enorme aprendizado. Se você nunca ouvir falar do SAS (Serviço Aéreo Especial) a base das nossas forças especiais e forças especiais modernas, informe-se pois eles operam em ambientes hostis desde a II guerra e tem muito a ensinar.
quinta-feira, 23 de março de 2017
O ataque terrorista em Londres: uma aula de como Israel e o Reino Unido lidam com o terrorismo
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No dia de ontem infelizmente Londres foi alvo de mais um terrorista muçulmano querendo causar pânico. O ISIS assumiu o atentado e Londres, uma das megalópoles do planeta que ainda estava imune aos ataques desta magnitude, passou agora a fazer parte das estatísticas. Vitimas de diversas partes do mundo infelizmente faleceram dentre as quais um bravo policial britânico.
O atentado somente não foi maior porque felizmente um policial armado e treinado eliminou o terrorista. Sim, pelo menos uma parte da policia britânica anda armada e desmente a lenda promovida pelos defensores do desarmamento. Se o policial estivesse desarmado o cenário provavelmente seria pior e os defensores da paz que se abraçam, trocam fotos, choram e fazem caricias de nada serviriam para salvar a vida de pessoas inocentes.
Presume-se que o governo britânico aumente a quantidade de policias armados. Isso em 2017 e com a ameaças de terroristas é mais que uma necessidade. Policiais treinados, um bom trabalho de serviços de inteligência e controle de fronteiras é uma boa combinação para combater o terrorismo.
O ultimo ataque terrorista em Londres aconteceu em 2013 aonde o soldado Lee Rigby teve a cabeça decepada por terroristas muçulmanos. O ataque porém foi de menor magnitude perante a mídia por ter sido direcionado somente a uma pessoa embora tenha sido chocante.
Os britânicos junto com os israelenses possuem uma forte tradição em combater o terrorismo. As excelentes forças especiais do Reino Unido das quais destaca-se a SAS (Serviço Aéreo Especial) possuem um amplo domínio no assunto. Soldados do SAS entre outras unidades como o SBS e a Unidade especial de Reconhecimento (Special Reconnaissance Unit ou14 Field Security and Intelligence Company) combatem o terrorismo faz muitos anos e fazem o serviços de inteligência, contra-inteligência, combate anti- terrorismo além de outras atividades de guerra irregular e alguns casos de guerra convencional. Da Irlanda do Norte até o Oriente Médio, as unidades especiais britânicas sempre foram modelo mundial embora o Reino Unido seja uma nação pequena geograficamente.
Nos tempos de Margaret Hilda Thatcher o SAS deu uma aula ao mundo sobre como fazer um resgate de reféns no caso da embaixada do Irã.
Previamente o SAS havia atuado no caso do Lufthansa Flight 181 aonde o SAS junto com a unidade anti-terrorista do GSG 9 da Alemanha eliminou terroristas muçulmanos que sequestraram um avião com reféns.
Estas foram as atividades do SAS publicadas pela imprensa. Muitas outras existem em segredo.
Infelizmente, a praticidade muitas vezes se rende ao politicamente correto do mundo atual. O SAS britânico hoje age nas sombras como sempre fez mas é também afetado por fatores sociais: o alto numero de muçulmanos que vivem no Reino Unido fruto de uma perda do controle da imigração e que faz com que o trabalho do SAS e unidades similares seja talvez necessário mais do que antigamente quando o SAS foi criado e forjado na II guerra mundial. Mas este trabalho é prejudicado por uma geração sem praticidade, politicamente correta e covarde que esqueceu que agir com atitude e de modo energético muitas vezes é o único caminho para derrotar um terrível inimigo que se esconde entre a população como é o caso dos terroristas. Os netos e bisnetos de hoje esqueceram o trabalho dos antepassados que lutaram bravamente a II guerra mundial contra os nacionais socialistas (nazistas).
E o que falar sobre Israel?
Israel talvez seja o maior exemplo de sucesso contra o terrorismo.
Uma nação igualmente pequena geograficamente e que poucos recursos teve inicialmente sempre teve como vizinhos países que queriam o seu fim. Israel foi atacada em inúmeras guerras mas sempre saiu vitoriosa. E aqui falamos de guerra convencional.
Sem surpresas, Israel também foi alvo de terroristas selvagens e perdeu atletas durante os jogos olímpicos de Monique. Mas como sempre fez, Israel nunca se rendeu ao politicamente correto e agiu.
Usando de um excelente serviços de inteligência (algo em comum com os britânicos) Israel caçou os terroristas responsáveis pelo mundo usando de muitas táticas e estratégias para eliminar os terroristas.
E embora uma imprensa simpatizante de terroristas tente ataca-la, Israel reage sem medo do politicamente correto mostrando o que deve acontecer com terroristas.
Israel tem a vantagem de ser fiel a regras de segurança: recebe imigrantes mas controla as suas fronteiras sem ficar com medo da mídia como faz o Reino Unido. Por ter nascido no fogo e com vizinhos inimigos, Israel teve que aprender que eficácia supera o politicamente correto.
Que esta aula sirva para o mundo.
Que todas vitimas do terrorismo, um problema internacional, repousem em paz e nossos sentimentos aos familiares. Que os governos aprendam: quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas.
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