terça-feira, 5 de abril de 2022

Operações clandestinas, operações psicológicas, narrativas e propaganda na Guerra da Ucrânia: O que o Brasil tem a aprender com isso



A guerra entre Ucrânia e Rússia continua depois de algumas semanas de conflito. E como o sábio que busca evoluir, devemos aprender com o que acontece com o mundo ao nosso redor.

Sem tomar um lado como em uma partida de futebol devemos salientar que muitos devem acordar e entender que cada povo e nação lutam  por seus interesses.  Do ponto de vista geopolítico, muita inocência de uma pessoa sonhadora e “hippie” acreditarem no contrario e que somos “todos iguais e irmãos”.

Ao tomarmos um lado ou não, irão existir consequências.  Desde a guerra do Vietnã, segunda guerra mundial e tantas outras isto vêm acontecendo. A guerra mostra um lado cruel do ser humano e deve ser evitada, mas não podemos ser inocentes e fingir que conflitos não existem e fingir que tudo vai se resolver sem fazermos nada ou nos emocionando.

Cada nação deve estar preparada em todos os sentidos para um conflito e as artimanhas de uma guerra.

O Brasil, embora tenha conflitos não declarados de narcotraficante, felizmente, não anda envolvido diretamente em guerras contra uma nação estrangeira faz tempo, mas não podemos viver na ilusão de que isto nunca vai acontecer.

 E militares, principalmente nossos políticos e sociedade devem estar conscientes das táticas e estratégias usadas atualmente que passam longe de uma guerra convencional ou guerras antigas como a segunda guerra mundial, aonde o Brasil teve uma brava mas convencional participação enquanto outras nações já  usavam unidades especiais e de espionagem. Se você acha que ser militar resume-se a disciplina cega, ordem unida, acordar cedo, fazer barba, ter uma farda impecável  e ter muita ralação e vibração, com acontece com certos militares convencionais, passou da hora de você rever este conceito e ver a realidade do mundo atual.

Mas retornando ao conflito Ucrânia e Rússia, o que o Brasil tem a aprender com isso?

  • ·         A importância de narrativas: A criação de narrativas foi e continua sendo usado nesta guerra para justificar a invasão pela Rússia. Lembra muito a narrativa feminista no Ocidente, aonde feministas reclamam de serem oprimidas quando na verdade possuem mais privilégios que os homens perante a lei.  Bolsonaro caiu nesta narrativa como um pato, pois continua a privilegiar as feministas com mais leis feministas, mesmo sendo odiado pelas feministas. Narrativas andam sendo usadas desde a segunda guerra e se o lado opositor se calar, tende a favorecer quem criou determinada narrativa. Narrativas devem ser combatidas na sua origem, com fatos, propaganda produtiva e boa comunicação visando o apoio popular.
  • ·         O poder da propaganda: Aliados ao fator narrativa, ambos os lados atualmente usam propaganda na internet e TV, como forma de atrair apoio da população, de potencial aliados e para minar/ desmotivar o inimigo via operações psicológicas.
  • ·         O apoio da população: Fator fundamental. Putin distribuiu passaportes para obter apoio da população em uma região instável que simpatizava com a Rússia e usou isto como motivo para o conflito. Durante o conflito, propagada feitas pelas forcas especiais russas na internet circula dando a entender que as forcas armadas ucranianas são culpadas, tudo visando obter o apoio direto da população ou causar hesitação de atores participantes e não participantes do conflito.
  • ·         Sabotagem:  Gerar caos interno na sociedade inimiga via ataques a logística, estrutura ou forcas armadas através de  espiões ou parte da população que apoia o lado inimigo. O uso de forcas especiais também pode ser utilizado aqui.
  • ·         Reconhecimento especial e não especial: Ambos diferentes mas que visam obter informes e inteligência sobre estrutura, localização, etc sobre o lado opositor. Em geral , realizados de modo secreto por forcas especiais que estão infiltradas no ambiente operacional bem antes da guerra iniciar visando obter o máximo de dados relevantes dentro do possível.
  • ·         Uso de drones:  Tecnologia faz a diferença. O reconhecimento pode ser via drones também. Alem, disso drones estão sendo usados para o lançamento de misseis e bombas para aniquilar e verificar a presença de forcas adversas.
  • ·         O uso de forcas especiais para ações diretas contra forcas inimigas e também para eliminação de alvos de alto valor estratégico- politico.
  • Operações clandestinas:  As famosas Black ops como postamos no nosso texto anterior sobre os MACV-SOG.  O provável uso russo de exércitos privados ou forcas especiais que realizam ações secretas que podem a vir ser prejudiciais para um governo do ponto de vista social, politico, econômico e estratégico perante a opinião publica. 
  • Guerra de resistência. Os militares ucranianos e simpatizantes mais uma vez demonstram que um inimigo com poderio militar maior (russos) pode vir a sofrer se o combate se prolongar. Muitos casos no passado mostraram como tal modo de combater pode ser eficaz para forças armadas, aliado ao inteligente uso da propaganda.
  • Guerra por procuração. Os Estados Unidos e a OTAN usam da antiga estratégia da guerra por procuração, aonde usam a Ucrânia para de certo modo combater os seus inimigos. 

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